sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coitado

Coitado

De minhas lágrimas faço essa poesia
Tentando entender o que eu fiz de errado para você
O que tanto lhe da angústia?

Nunca fui quem você quis
Nunca fui o primeiro, o mais determinado
Sempre fui o do contra, o acomodado
E por ser assim gero desconfiança...

Porque você ainda teima em me comparar?
"confio em você não nos outros"
Eu sei muito bem com quem eu ando
Sei muito bem como devo agir...
Você diz ser o Conhecimento e a Resposta e eu lhe digo
Eu sou a Diferença... a equação para o Caos

Seu medo é não me tornar como seu primogênito
Bem sucedido, determinado e poliglota
Seu medo é ter um filho fadado ao fracasso...

De tanto regrar uma vida... você acaba por mata-la
De tanta desconfiança... você acaba por afasta-la
De tanto amor... você acaba por magoa-la

Se teu objetivo era ser matriarca... bem você conseguiu
Agora eu tenho a sua benção
Para seguir em frente
E ser tudo aquilo que Você sempre quis ser

E você ainda me pergunta como posso ser duas pessoas...
É simples...
Uma para agradar todo seu padrão de ética e falso moralismo
E a outra...
Aquilo que sempre quis ser...
Eu mesmo... ou melhor dizer, o seu Coitado.