quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Coração

A solidão está
A porta de meu órgão putrefato
O meu ser vai ao encontro
De quem vos chama – A corda

E enforcando-se na sua rutilância
Foi assassinado
Pelo ardor de sua própria ignorância

Eis agora um novo filho
De uma morte sem esperança
Que com olhos de repugnância
Esconde a epigénese de que um dia
Teve infância
E em morte
Com um grito de discrepância
Resume toda a fragilidade
Em tal exuberância
O pulsar de um ultimo amante

Liberdade

Melhor do que voar é ser o próprio vento!
E poder desfrutar em suas brisas o lírico voo de um Condor
Liberdade!
Liberdade!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A campainha

E vem a imagem de uma mulher
Com os olhos fixos de quem chamava a morte
A sincronia de cores já não faz o mesmo sentido

E la vem o vento árido
é o beijo da morte

É a campainha da vida
O grito!
Os cortes

A alma já não mais aguenta
Quero açoite! Quero chicotes!

E com o graçar do verme de quem vos come
Desejo-lhe a Morte.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Borboletas no estômago

O prazer imensurável de sentir
O beijo árido do vento
Borboletas no estômago
Minha alma se enche de alegria
Pois agora sei que em ti
As flores brotaram
Banhadas com o sangue dos poetas
De que um dia amaram
As sementes do amor
E vosso acúleo que um dia vos feria
Ama-te o Corvo
Que leva tua alma á eternidade
Borboletas no estômago....