Capítulo II - Breathe (breathe in the air)
As correntes cintilantes acompanhavam o som dos chicotes. E então... houve um súbito silêncio.
O corpo balançava em movimentos pendulares descompassados. A deformidade era presente, todavia o que chamava mais atenção era o tórax do açoitado.
Dilacerado... Aberto do externo até as costelas flutuantes. O tórax pulsava. O movimento, imitando o bater de asas dos corvos, lembrou ao Cenobita de tua própria existência.
- Respire - Disse o demônio.
Um som sujo, com toques de líquido denso escorrendo por cada nota desafinada, quebrou o vácuo do silêncio existente.
- Não pos... - Disse o manauara em plena agonia.
O suplício era algo único. Esse regia a ópera caótica que estava em todo recinto. Sangue, Morte, Correntes e, por fim, Demônios. Tudo se encaixava perfeitamente.
- Obrigado pela bela música - Disse o Cenobita sorrindo.
Sons de correntes e chicotes ecoaram mais uma vez...
A Entropia, enfim, achou teu compasso.
O Inferno exalava vidas.