terça-feira, 30 de março de 2010

A simplicidade

A simplicidade

A vida parece tão simples
Por pior coisa que aconteça
A peça continua
A vida continua
E você se pergunta
E se eu não existisse? O que mudaria?
De fato seria uma honra
Pois ai sim, você veria o gracejar da vida
O tempo passa
O vento continua árido
As pessoas continuam as mesmas
E a velhice chega como chegaria para ti
E ninguém sentiria tua falta
Os sorrisos continuam
Os abraços continuam calorosos e fortes
O filme da sua vida passa diante de teus olhos
Poucos assistem...
Poucos apreciam...
E a menor parte que entende o final
Conclui
Todos acabarão sozinhos
E a peça continua
A vida parece tão simples....

segunda-feira, 22 de março de 2010

Espelho

Espelho

Felicidade
Palavra efêmera
Que subjuga o ato de ser feliz
Chega a ser uma blasfêmia
Como as pessoas o dizem
Santidade
Insanidade

Todos em uma eterna busca
E como máquinas
Sua força eletromotriz
Gera o sentimento de ser apenas
Mais um entre as graxas

Se em guerras, buscam-se a paz
O que seria da felicidade?
Atrocidades?
Culto a imagem?
Bombardeio a cidades?

Se esse for o preço por tal
“liberdade”
Não sei se quero desfrutar
Do sangue da mocidade

Lavo minhas mãos
Perante a eternidade.

O reflexo

O reflexo

Perante a eternidade
Lavo minhas mãos

Do sangue da mocidade
Não sei se quero desfrutar
“liberdade”
Se esse for o preço por tal

Bombardeio a cidades?
Culto a imagem?
Atrocidades?
O que seria da felicidade?
Se em guerras, buscam-se a paz

Mais um entre as graxas
Gera o sentimento de ser apenas
Sua força eletromotriz
E como máquinas
Todos em uma eterna busca

Insanidade
Santidade
Como as pessoas o dizem
Chega a ser uma blasfêmia
Que subjuga o ato de ser feliz
Palavra efêmera
Felicidade.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O amor de hoje

O Amor de Hoje


O que bastaria para amar hoje em dia?
O simples fato de gostarem da mesma música ou mesma cor?
Ou quem sabe exalarem o mesmo odor podre de quem vulgariza o amor?

Um dia basta para disser-lhe que te amo
Horas bastam para acabar com um “para sempre”
Que antes realmente seria eterno

Qual seria a maior glória dessas pessoas?
Mostrar aos outros que “sabem amar”?
Ou, de fato, subjugar a tão pequena palavra Eterno.

Mas o que chama mais atenção
É o emprego das hipérboles, metáforas, e porque não pleonasmos
“Amar-te-ei eternamente até que minha vida acabe”
Porra, se você vai amar eternamente... Que porra é essa de até que minha vida acabe? Que pombas de pra sempre é esse?

De fato, o amor virou uma grande orgia onde qualquer um pode passar a mão e fingir que esta tudo bem... Mas esses não têm a consciência de que podem se machucar... Pois “Amor é fogo que arde sem se ver

Ta, fugindo do radicalismo a la Bin Laden
Pessoas normais devem, pelo menos uma vez na vida, colocarem a mão na cabeça não só para dançarem “Rebolation”
Mas para se desesperarem, pois no final todo mundo acabará sozinho em um caixão
E seus únicos amores serão os vermes
Que lhes levarão do corpo ao pó em segundos...
Como o verdadeiro amor.