sábado, 24 de abril de 2010

O frio

A maior dor talvez não seja do amor
Mas sim o saber que você nunca conseguiu alcançar tal quimera

A boca fica seca
Nada pulsa em seu coração
A vida lhe sustenta por um tempo
Os prazeres da carne saciam a sede
Mas tudo acaba ao anoitecer

A Lua entra em seu quarto
As estrelas a acompanha
Sua mente fica cheia
Porém sucumbe-se
A músicas
A fotos
... a sonhos

Todavia seu coração continua sem pulsar
Resumindo-se a um orgão
Que nunca conseguirá amar ou ser amado

É o seu destino
Sua maldição
Fenecer em um jardim
Regado pela doce e fria chuva
de um novembro qualquer...

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